Pipa? Eu nunca soube mexer nisso
Pipa, eu particularmente não gostava muito empinar pipa, não era a minha brincadeira favorita, mesmo porque, não via graça em empinar uma pipa no alto e ficar fazendo (as vezes) um esforço danado para mantê-la nas alturas, mas meus amigos adoravam e trocavam jogar bola num terreno baldio por esse treco (empinar pipa).
Então como eu queria era brincar mesmo, comecei a observar como eles faziam para que a pipa permanecesse no alto e qual seria o objetivo dessa brincadeira, observei vários amigos e pensei em comprar uma pipa e soltar também.
Mas como comprar pipa? Como escolher a melhor?
Pedi para que meu colega Julio fosse comigo comprar e escolher a minha primeira pipa, depois de te-la, comecei a colocar ela no alto, o vento estava nesse dia até me ajudando sem precisar muito esforço para conseguir empinar, mas não durou muito no alto, pois de repente apareceu uma pipa em minha direção e sem saber como fazer e entender, berrei aos meus amigos para saber o porque daquela outra pipa está vindo na direção da minha, visto que, o céu tinha espaço até demais para outra fica longe.
Pedi para que meu colega Julio fosse comigo comprar e escolher a minha primeira pipa, depois de te-la, comecei a colocar ela no alto, o vento estava nesse dia até me ajudando sem precisar muito esforço para conseguir empinar, mas não durou muito no alto, pois de repente apareceu uma pipa em minha direção e sem saber como fazer e entender, berrei aos meus amigos para saber o porque daquela outra pipa está vindo na direção da minha, visto que, o céu tinha espaço até demais para outra fica longe.
Eles riram e começaram a gritar para que abaixasse rápido senão ela iria "cortar" a minha e por mais ligeiro eu fosse, não evitei o pior, a minha primeira pipa foi cortada, naquele dia mesmo perguntei ao Julio por qual motivo o outro me "cortou" e ele explicou que esse era o objetivo da brincadeira, ou seja, cruzar, cortar, embolar uma pipa na outra.
Bom, nesse dia, minha mãe gastou um bocado de dinheiro, pois eu empinava a pipa e logo me cortavam, cismado com essa brincadeira, pois sempre estava perdendo para os outros, tornei a olhar no que os meus amigos colocavam na linha para que não perdesse mais pipa como estava perdendo, descobri que colocavam na linha um tal de cerol (vidro moído com cola de madeira) para ajudar a não perder tantas pipas, mas essa experiencia não foi nada boa, pois quando fui empinar a pipa, o primeiro puxão que dei na linha cortei foi o dedo e nunca mais coloquei mais aquilo. Contudo, teria que aprender uma outra forma onde pudesse fugir das outras pipas sem perder a pipa, pois na certa a minha mãe não gastaria mais dinheiro comigo pra isso.
O dias foram se passando, cada vez mais sabendo como fugir com a minha pipa das outras e chegar em casa com a mesma pipa me deixava de certa maneira orgulhoso com o meu feito, pois nem cerol usava, mas como nada é 100%, aconteceu num desses dias, fui surpreendido por uma pipa muito veloz não dando tempo de correr com a minha, acabei perdendo-a, triste, cabisbaixo, fui para casa sem a pipa, não tive coragem para pedir a minha mãe dinheiro para comprar outra, então resolvi eu mesmo fazer uma e empiná-la bem ao lado dos meninos mais velhos (os mesmos que cortaram a minha), pois ficando ao lado deles, não teriam motivos de cruzar, embolar, cortar a minha.
Fiz uma pipa linda, toda azul (até a rabiola), eles quando me viram pareciam não gostar dessa minha ideia de estar ao lado deles, mas não liguei, afinal só queria mesmo era empinar a pipa feita por mim.
Esses meninos mais velhos soltavam as suas pipas com carretel de linha bem grande deixando as deles bem longe, quase nem dava para vê-las, eu todo orgulhoso iria empinar a minha pertinho deles e quem sabe entraria no grupo como o integrante mais novo.
Pedi ao meu colega para segurar a pipa para que eu pudesse empiná-la de uma só vez, dei um tremendo puxão e lá estava bem no alto a primeira pipa feita por mim, toda azul cortando o céu, Julio que me ajudou nesse feito, pulava de alegria assim como eu.
Mas nem tudo é perfeito e de repente o vento muda de direção (não sabia que isso acontecia), a minha pipa começou a mergulhar em cima nas outras dos meninos mais velhos cortando as linhas de todas, uma a uma, as pipas deles começaram a irem embora cheias de linhas (o que era pior).
Eles olharam para mim e meu colega com as caras enfezadas, só dando tempo para eu dizer para o Julio correr, não olhar para traz e vamos o mais depressa que puder sair daqui, pois se eles nos pegassem, estaríamos fritos, nunca corri tanto na minha vida, nem jogando bola, parecíamos dos foguetes.
O fato é que, desde esse dia, eu e Julio, nunca mais empinamos pipas, preferindo brincar de outras coisas menos "perigosas" do que soltar pipa.
Beijos
Contos do Guri
Oiiii
ResponderExcluirNem um dos dois....kkkkk
Acho que se (tentei) empinar pipa foi bem poucas vezes...e nem consegui tira-la do chão...kkkkk
E acho um crime usar cerol.
Quanto a jogar bola...nunca joguei e é um espote que não me atrai...
Bjos
A história ficou bacana e serviu a lição,
ResponderExcluirtambém prefiro que as meninas brinquem de bola,
acho menos perigoso.
Sinceramente eu odiava as duas coisas, meus irmãos gostavam. Quando eu via aquele tanto de garotos enchendo as ruas de pipas ou batendo no portão para recuperar uma pipa cortada eu ficava com muita raiva,kkkk
ResponderExcluirEu sempre quis jogar bola ou outras brincadeiras aqui no meu bairro, achava pipa perigosa pois colocavam cerol :/
ResponderExcluirBeijos
Na época em que era jovem (infância e adolescência) eu jogava bolita, e empinava pipa, mas os tempos erma outros e eu só usava barbante, mas minhas pipas nunca foram muito alto rsrsr
ResponderExcluirO bom de tudo é que tu teve uma infância mega alegre e divertida mesmo que com esses "perigos"
Como sempre adorei Rafa!
Bjos
Minda ❤ 😍 👍
Infelizmente está geração muitos não sabe como era prazeroso e divertido estado brincadeiras... Hoje em dia estamos perdendo está essência para às tecnologia e nos restando as lembranças de bons e agradáveis tempos
ResponderExcluirBeijos
Andrea